Sintomas de gordura no fígado: quando se preocupar?

Sintomas de gordura no fígado quando se preocupar

A gordura no fígado, conhecida como esteatose hepática, é uma condição silenciosa que afeta milhões de brasileiros — muitas vezes sem que a pessoa perceba. Porém, quando ignorada, ela pode evoluir para quadros mais graves como hepatite gordurosa, cirrose e até câncer de fígado.

Neste artigo, o Dr. Felipe Molledo, cirurgião oncológico com foco em tumores abdominais, explica os principais sintomas de gordura no fígado, os riscos associados e o momento certo para procurar ajuda médica.

O que é gordura no fígado?

A esteatose hepática acontece quando há acúmulo de gordura nas células do fígado. Em sua fase inicial, pode ser benigna e reversível com mudanças de hábitos. No entanto, em alguns casos, a inflamação provocada por esse acúmulo pode causar lesões hepáticas progressivas, exigindo tratamento especializado.

Principais sintomas de gordura no fígado

Muitas pessoas só descobrem a condição por meio de exames de rotina, pois ela costuma ser assintomática nas fases iniciais. No entanto, alguns sinais podem surgir à medida que o fígado começa a sofrer sobrecarga ou inflamação.

Veja os principais sintomas:

1. Cansaço frequente e sem motivo aparente
O fígado é responsável por diversas funções metabólicas. Quando está sobrecarregado, o corpo sente fadiga constante.

2. Desconforto ou dor no lado direito do abdômen
Sensação de “peso” ou dor leve abaixo das costelas do lado direito pode indicar aumento do fígado (hepatomegalia).

3. Inchaço abdominal
Algumas pessoas com esteatose mais avançada podem apresentar abdômen distendido ou sensação de barriga inchada.

4. Náuseas e perda de apetite
A inflamação hepática pode interferir na digestão, causando mal-estar e falta de fome.

5. Alterações nos exames de sangue
Alterações como níveis alterados de enzimas hepáticas (TGO, TGP) ou canaliculares (FA e GGT) podem estar presentes.

Quem está mais propenso a desenvolver esteatose hepática?

A gordura no fígado está fortemente associada a:

  • Sobrepeso e obesidade
  • Diabetes tipo 2 e resistência à insulina
  • Colesterol e triglicerídeos elevados
  • Alimentação rica em açúcar e gordura
  • Sedentarismo
  • Uso excessivo de álcool (na forma alcoólica da doença)

Pessoas com essas condições devem fazer acompanhamento regular com exames de imagem, como a ultrassonografia abdominal.

Quando a gordura no fígado se torna perigosa?

A esteatose pode evoluir para esteato-hepatite, um quadro inflamatório que agride o tecido hepático e pode causar fibrose, cirrose e até predispor ao câncer de fígado (hepatocarcinoma).

Por isso, mesmo sem sintomas evidentes, é importante diagnosticar precocemente para evitar complicações irreversíveis.

O tratamento da gordura no fígado

A boa notícia é que a maioria dos casos de esteatose pode ser revertida com mudanças no estilo de vida, como:

  • Perda de peso gradual (5% a 10% do peso corporal já ajuda)
  • Reeducação alimentar com mais fibras e menos açúcares
  • Prática de atividade física regular
  • Redução de consumo de álcool
  • Controle do colesterol, glicemia e triglicerídeos

Quando procurar um especialista?

Se você apresenta sintomas persistentes ou possui fatores de risco, o ideal é procurar um médico para avaliação. O Dr. Felipe Molledo atua com abordagem integral em casos hepáticos e intestinais, incluindo a investigação de alterações como a esteatose hepática.

Nos casos em que há risco de evolução para quadros mais graves ou necessidade de biópsia hepática, o cirurgião oncológico é o especialista mais preparado para conduzir o diagnóstico e definir a melhor conduta.

Agende uma avaliação

Cuidar do fígado é cuidar da sua saúde como um todo. Não ignore sinais silenciosos.

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Dr. Felipe Molledo

Cirurgião Oncológico

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