O sarcoma de partes moles é um tipo raro de câncer que se desenvolve nos tecidos que sustentam e conectam outras estruturas do corpo — como músculos, gordura, vasos sanguíneos, nervos e tendões.
Por ser um tumor incomum e de crescimento silencioso, muitas vezes é diagnosticado tardiamente. Neste artigo, o Dr. Felipe Molledo, cirurgião oncológico especializado em tumores abdominais e de partes moles, explica o que é o sarcoma, quais são os sintomas e por que o acompanhamento especializado é essencial.
O que é o sarcoma de partes moles?
Os sarcomas são tumores malignos que se originam de células mesenquimais, presentes nos tecidos moles do corpo. Ao contrário de cânceres mais comuns, que se originam em órgãos sólidos (como pulmão, mama ou intestino), os sarcomas surgem nos tecidos que envolvem, conectam e sustentam os órgãos.
Eles podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentes nos membros (braços e pernas), abdômen e retroperitônio.
Quais são os sintomas de sarcoma de partes moles?
O principal desafio é que o sarcoma nem sempre causa dor, e pode crescer de forma silenciosa por muito tempo. Os sinais de alerta incluem:
1. Nódulo ou massa que cresce rapidamente
Um caroço endurecido que aumenta de tamanho, principalmente se ultrapassar 5 cm de diâmetro.
2. Dor ou desconforto local
Pode ocorrer conforme o tumor pressiona nervos ou estruturas próximas.
3. Inchaço persistente
Edema localizado, principalmente em braços ou pernas, sem causa aparente.
4. Limitação de movimento
Quando o tumor está próximo de articulações, pode causar dificuldade de mobilidade.
5. Perda de peso ou mal-estar geral
Em fases avançadas, podem surgir sintomas sistêmicos como fadiga e perda de peso inexplicada.
Veja também: “Quando um nódulo pode ser sinal de câncer?”]
Quem está mais propenso a ter um sarcoma?
Embora possa ocorrer em qualquer pessoa, alguns fatores aumentam o risco:
- Histórico de radioterapia prévia
- Exposição a produtos químicos (agrotóxicos, solventes)
- Síndromes genéticas raras (ex: neurofibromatose)
- Casos familiares de sarcoma
A maior parte dos sarcomas, porém, surge de forma esporádica e sem causa definida.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico envolve:
- Exame clínico detalhado
- Imagem (ressonância magnética ou tomografia)
- Biópsia: fundamental para identificar o tipo exato de sarcoma e definir o tratamento.
A biópsia deve sempre ser feita por especialistas, pois uma abordagem incorreta pode comprometer a cirurgia futura.
Veja também: “Importância da biópsia guiada no diagnóstico de câncer”]
Qual o tratamento para o sarcoma de partes moles?
O tratamento padrão é a cirurgia oncológica com margens livres, realizada por um cirurgião especializado. Em alguns casos, pode ser necessário combinar com:
- Radioterapia (pré ou pós-operatória)
- Quimioterapia, dependendo do subtipo e estágio do tumor
A abordagem deve ser individualizada e discutida em equipe multidisciplinar.
Por que procurar um cirurgião oncológico?
O manejo de sarcomas exige precisão. Tumores de partes moles precisam ser tratados por cirurgiões com formação específica em oncologia para garantir margens adequadas, evitar recidivas e preservar funções do corpo.
Dr. Felipe Molledo tem experiência no tratamento de sarcomas de partes moles, incluindo tumores retroperitoneais, abdominais e de membros, com atuação em hospitais de referência.
INCA – Tipos de câncer: Sarcomas
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